Advogado 2020: Angela Doyinsola Aina
Por Stephanie Watson Do arquivo médico
Os Estados Unidos têm a maior taxa de mortalidade materna do mundo desenvolvido, e as mulheres afro-americanas suportam a parte desproporcional dessas mortes. As mulheres afro-americanas têm mais de três vezes mais probabilidade de morrer durante a gravidez do que as mulheres brancas, independentemente de sua educação ou nível de renda.
"Mesmo quando elas fizeram tudo o que podiam para ter uma gravidez viável e saudável, elas ainda estão tendo resultados horríveis no parto e até estão morrendo", diz Angela Doyinsola Aina, co-diretora e líder de pesquisa da Black Mamas Matter Alliance. "Este é um problema grave do sistema".
Por que as mulheres afro-americanas têm resultados tão negativos? "Elas não estão sendo ouvidas quando reclamam de dor. Elas estão sendo forçadas a voltar para casa mais cedo do que o necessário após o parto", diz Aina. O problema não é que essas mulheres estão mais doentes, mas sim que lhes falta acesso a cuidados de alta qualidade durante a gravidez e o parto. Mesmo mulheres ricas e famosas como Serena Williams e Beyoncé não são imunes - ambas enfrentaram complicações que ameaçam a vida durante o parto.
Reconhecendo a necessidade de uma organização nacional focada na saúde materna negra, a Black Mamas Matter Alliance começou com uma colaboração entre o Center for Reproductive Rights (CRR) e o SisterSong Women of Color Reproductive Justice Collective. Em 2014, o CRR divulgou um relatório relatando um padrão de discriminação racial na prestação de cuidados de saúde reprodutiva. Dois anos depois, um grupo de especialistas e ativistas da área de saúde desenvolveu um kit de recursos para a saúde materna, e a organização nasceu.
Uma área do foco da organização é a prestação de cuidados culturalmente apropriados durante o trabalho de parto, que na comunidade afro-americana vem de parteiras e doulas. "Precisamos ter uma abordagem baseada em equipe", diz Aina. "Obstetras-ginecologistas, enfermeiras, enfermeiras-mulheres, doulas, profissionais da saúde mental materna". Todas essas pessoas, trabalhando juntas em todo o espectro da saúde materna e reprodutiva, para fornecer os cuidados que as mulheres precisam".
Em seus 3 anos de existência, a Matéria das Mães Negras tem sido fundamental para impulsionar mudanças legislativas como a Lei de Prevenção de Mortes Maternais de 2018, que fornece aos estados os recursos necessários para coletar dados sobre mortes maternas. "Porque se não sabemos como e por que as mulheres estão morrendo, não somos capazes de abordar estas questões em nível de sistema", diz Aina.
A organização também tem defendido uma mudança cultural. "Temos sido realmente fundamentais para mudar a narrativa e os estereótipos negativos da maternidade negra neste país", diz ela. Sua esperança para o futuro é ver mais centros de partos dirigidos por mulheres afro-americanas, bem como uma pesquisa robusta para apoiar a melhoria da qualidade e a mudança de sistemas nos hospitais em todo o país".
"Em última análise, queremos ver um fim completo para a disparidade", diz ela. "Queremos ver o fim da mortalidade materna". Isso é possível".