Hospitais Alarmados em Escassez de Enfermeiros e Farmacêuticos

Hospitais Alarmados em Escassez de Enfermeiros e Farmacêuticos

Crise hospitalar

Escrito por doutor Contribuintes Editoriais dos Arquivos médicos

5 de junho de 2001 (Washington) -- É um clássico dilema de oferta e demanda. Com o envelhecimento da geração baby boom, a nação está enfrentando uma explosão sem precedentes em sua população idosa. Isto coloca um grande prêmio aos profissionais de saúde, como enfermeiros.

Ao mesmo tempo, entretanto, pesquisas recentes mostram que o número de pessoas que se formaram na escola de enfermagem caiu 20% desde 1996. Os hospitais já estão relatando sérias carências de RNs e outros trabalhadores de saúde cruciais.

A Associação Hospitalar Americana (AHA) anunciou hoje que, com base em uma pesquisa com 700 instituições, 168.000 posições estão abertas, incluindo 126.000 posições RN.

Esta falta, diz o presidente da AHA Dick Davidson, é uma "luz amarela intermitente" de problemas. "É um problema aqui e agora" que ameaça tanto a qualidade da saúde quanto o acesso aos serviços de saúde.

Em comparação com o ano passado, o grupo hospitalar relatou que as instituições estão relatando maior aglomeração de salas de emergência, um número reduzido de leitos com pessoal e tempos de espera maiores para cirurgia.

Ao mesmo tempo, 75% dos hospitais estão relatando mais dificuldades no recrutamento de enfermeiros.

A pesquisa não se ajusta completamente, no entanto, a outras descobertas recentes. O Serviço de Pesquisa do Congresso, por exemplo, informou no mês passado que não é provável que haja uma escassez geral nacional de enfermeiros registrados até perto de 2010.

Independentemente da velocidade com que os números estão diminuindo, eles parecem estar fazendo isso. Uma razão, diz Davidson, é que os hospitais são "lugares exigentes e estressantes" para se trabalhar. De fato, servir como enfermeiro em um hospital pode até mesmo ser uma ocupação perigosa.

Em abril, por exemplo, um paciente sendo internado em um hospital psiquiátrico da Flórida assassinou uma enfermeira. De acordo com a Associação Americana de Enfermeiras, a violência em ambientes de cuidados agudos é um dos fatores que ajudam a afastar as enfermeiras do trabalho hospitalar.

Para compensar, diz Davidson, os hospitais estão tentando tornar as horas mais flexíveis e adoçar a qualidade de vida dos enfermeiros.

Isso vai ser crucial, diz Cindy Price, porta-voz da associação de enfermeiras. "As condições de trabalho precisam ser melhoradas a fim de atrair e manter os enfermeiros em ambientes de cuidados agudos", diz ela ao médico.

Entretanto, de acordo com a pesquisa hospitalar, estas instituições estão sofrendo uma taxa de 21% de vagas para farmacêuticos, com taxas de vagas de dois dígitos também para técnicos de radiologia e técnicos de laboratório.

"É a pior carência [farmacêutica] que já vivi em minha carreira", diz Joe Gallina, farmacêutico do Sistema de Saúde de Maryland Ocidental, em Cumberland.

Os hospitais estão tendo dificuldades para competir pelos farmacêuticos com a Target, Wal-Mart e outros do setor privado que podem oferecer salários mais altos, diz Davidson.

As audiências do Congresso este ano examinaram a escassez de enfermeiros, e estão planejadas mais audiências sobre a escassez de trabalhadores da saúde, mas as soluções podem ser caras e demoradas.

O grupo hospitalar propôs hoje medidas legislativas que exigiriam dezenas de bilhões de dólares. A maior parte desse dinheiro viria do ajuste das regras de reembolso do Medicare relativas aos salários dos funcionários do hospital.

Os hospitais e enfermeiros também estão pressionando para a criação de um fundo federal para fornecer bolsas de enfermeiro, programas de reembolso de empréstimos e outras iniciativas para a educação, recrutamento e treinamento de enfermeiros.

Enquanto isso, a administração Bush propôs a transferência de dinheiro das bolsas de treinamento existentes para médicos para iniciativas para resolver o problema da falta de enfermagem.

Mas o pesquisador da Universidade da Pensilvânia, Sean Clarke, RN, diz ao médico: "Estas coisas são apenas pequenos pedaços da torta. Enfermagem é uma ocupação para a qual não se pode treinar pessoas rapidamente, e isso não parece ressoar com as pessoas fazendo escolhas profissionais agora".

Hot