Pode ser difícil dizer se o seu desejo de acalmar os seus sentimentos com a comida atravessou uma linha perigosa. Aprenda os sinais da alimentação emocional e 4 mitos sobre a desordem alimentar.
Os alimentos fornecem combustível ao nosso corpo, mas essa não é a única razão pela qual se pode comer. Para muitas pessoas, as emoções desempenham um papel forte. Por exemplo, pode comer-se porque se é:
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Feliz (bolo de aniversário!)
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Triste (quem não se entregou a um gelado depois de um dia mau?)
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Stressed (aquele intervalo de chocolate de escritório das 15 horas)
Comer por razões emocionais leva frequentemente a comer em excesso, uma vez que não se tinha fome em primeiro lugar.
Uma bebedeira ocasional não é um problema grave. Se isso acontecer a toda a hora, poderá ter um distúrbio alimentar excessivo.
Sinais de que está a comer por causa das emoções
Algumas pistas de que o seu desejo de comer é puramente emocional são:
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Algo estressante acontece, e você quer comer imediatamente.
A verdadeira fome não é afectada por coisas como entrar numa luta com o cônjuge ou ter um dia mau no trabalho.
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Uma vontade avassaladora de comer surge de repente.
A fome real e física acumula-se lentamente. Não se deve passar de "bom" a "faminto" num instante.
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Só se deseja um alimento em particular.
Quando tem fome, pode ter uma preferência (está com vontade de comer um hambúrguer, por exemplo) mas sabe que outras opções estariam bem. Se apenas ficar satisfeito com batatas fritas ou gelado, presuma que a vontade de comer é emocional.
Ainda não tem a certeza se o seu desejo de acalmar os seus sentimentos com a comida atravessou uma linha perigosa? Aqui estão alguns conceitos errados sobre a alimentação emocional e o distúrbio alimentar.
Mito Nº 1: Comer porque se está aborrecido ou ansioso significa que se tem um distúrbio alimentar.
É verdade que as pessoas que bebem muito fazem-no para entorpecer emoções tais como sentimentos perturbadores, dolorosos, ou tristes. Mas a maioria das pessoas que se voltam para a comida por causa da forma como se sentem não têm distúrbios alimentares em excesso. "Todos temos os nossos alimentos de conforto", diz Randy Flanery, PhD, director do programa Webster Wellness Professionals em St. Louis, MO.
Se comerem binge, comem muito mais do que outros em situações semelhantes. Aqueles que sofrem desta desordem também sentem que não têm qualquer controlo sobre a sua alimentação durante uma bebedeira. Normalmente sentem-se muito perturbados, culpados, ou envergonhados com a sua alimentação. Se isso lhe parecer, consulte um especialista em saúde mental para um diagnóstico e tratamento adequados.
Mito Nº 2: Comer muita comida de uma só vez significa que se tem um distúrbio alimentar.
Comer uma quantidade significativa de alimentos num curto espaço de tempo é, de facto, definido como um binge. Mas pode fazer binge de vez em quando e não ter uma desordem. "Muitas pessoas - algumas estimativas dizem que 80% das pessoas - fazem "binge" ocasionalmente. Basta pensar no Dia de Acção de Graças", diz Russell Marx, MD, director científico da National Eating Disorders Association (Associação Nacional de Doenças Alimentares). Todos se entregam de vez em quando, especialmente durante as férias. Mas se o fazem a toda a hora, especialmente se comem sozinhos porque têm vergonha disso, consultem um médico. Estes são sinais de distúrbios alimentares em excesso.
Mito Nº 3: Pessoas com distúrbios alimentares em excesso porque estão demasiado concentradas na comida.
Na verdade, é muitas vezes o contrário: As pessoas que fazem binge tendem a não se concentrar o suficiente no que estão a comer. Só se apercebem do quanto comeram depois de terem terminado. "Muitas vezes estão a comer quase automaticamente sem prestar muita atenção", diz Flanery. "Depois, mais tarde, param e dizem: 'Oh meu Deus, o que estou a fazer?'"
Se está preocupado com os seus hábitos alimentares, mantenha um diário. Escreva em pormenor como se sente antes, durante e depois de uma refeição. Anote o que come e o quanto comeu. Isto pode ajudá-lo a tornar-se mais atento à sua alimentação.
Outra dica: "Não veja televisão ou leia um livro enquanto come. Em vez disso, prepare a sua comida, sente-se à mesa, e saboreie realmente os sabores e aromas", diz Flanery.
Mito Nº 4: Deve esperar até sentir o seu estômago a rosnar para comer.
O rosnado do ventre é um sinal de fome física. Mas para muitas pessoas, o corpo não sinaliza que é hora de comer até muitas, muitas horas após a última refeição. "Um estômago a rosnar pode significar que já passou demasiado tempo desde a última refeição, o que o torna mais vulnerável a comer em excesso", diz Flanery. Também o torna mais susceptível de escolher alimentos pouco saudáveis, como aqueles com muito açúcar, gordura, e sal.
Se for propenso a comer, comer alimentos saudáveis às refeições regulares (programadas a cada 3 a 4 horas) é normalmente uma boa ideia. Seguir um horário elimina algumas das decisões (Tenho mesmo fome?) que podem ser stressantes, diz Flanery.