Por que os telefones celulares e a condução não se misturam

Os motoristas devem tomar cuidado: O cérebro não pode realizar multitarefas tão bem quanto se possa pensar.

Em cada edição da revista médica, pedimos aos especialistas que respondam às perguntas dos leitores sobre uma ampla gama de tópicos, incluindo perguntas sobre o que é verdade e o que não é verdade no campo da medicina. Para nossa edição de julho/agosto de 2012, entrevistamos um pesquisador da Universidade de Utah sobre o perigo de usar um telefone atrás do volante.

Q:

Li que dirigir enquanto se fala ao celular é tão ruim quanto dirigir bêbado. Isso é verdade?

A:

Muitas pessoas não conseguem se imaginar não conversando ao telefone enquanto dirigem. Mas as histórias que você ouviu são VERDADEIRAS. O uso do telefone celular prejudica a condução tanto quanto o álcool.

Essa é apenas uma das conclusões de David Strayer, PhD, professor de psicologia da Universidade de Utah, que publicou uma série de artigos que mostram que dirigir enquanto se fala ao telefone celular -- mãos livres ou não -- é o mesmo que dirigir com um nível de álcool no sangue de 0,08, o limite legal.

Em um estudo ele descobriu que falar com um passageiro melhora a condução, porque "há outro conjunto de olhos na estrada, uma pessoa que sabe estar quieta se a condução se torna difícil".

Em sua pesquisa mais recente, Strayer descobriu que uma conversa que desencadeia imagens mentais - uma descrição de férias, por exemplo - é mais perturbadora. "Tanto a condução quanto as imagens mentais usam a mesma parte do cérebro", diz Strayer. "Assim, as imagens bloquearão o ambiente de direção". As pessoas literalmente não vão ver o que estão olhando".

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