Doutor Holoportado da NASA para Estação Espacial Internacional

Por Ralph Ellis

19 de Abril de 2022

Num grande avanço da telemedicina, uma prestação digital de um médico fez uma visita domiciliária à Estação Espacial Internacional no ano passado.

O cirurgião de voo da NASA Josef Schmid, MD, CEO da AEXA Aerospace Fernando De La Pena Llaca, e as suas equipas estavam na Terra quando as suas imagens visitaram a Estação Espacial através da holoportação, uma mistura de holograma e teleportação.

Os modelos 3D de Schmid e os outros foram reconstruídos, comprimidos e transmitidos ao vivo para a estação espacial, disse a NASA num comunicado de imprensa. O astronauta da Agência Espacial Europeia Thomas Pesquet usou um auricular HoloLens para ver, ouvir e interagir com os participantes remotos como se estivessem realmente presentes no mesmo espaço físico, disse a NASA. Os astronautas e os visitantes terrestres até trocaram um aperto de mão virtual.

Esta é uma forma completamente nova de comunicação humana através de grandes distâncias, disse Schmid. O nosso corpo físico não está lá, mas a nossa entidade humana está absolutamente lá. Não importa que a estação espacial esteja a viajar 17.500 mph e em constante movimento em órbita a 250 milhas acima da Terra, o astronauta pode voltar três minutos ou três semanas mais tarde e com o sistema a funcionar, estaremos lá naquele local, ao vivo na estação espacial.

A NASA disse que a Microsoft tem vindo a utilizar a holoportação desde 2016, mas esta é a primeira utilização num ambiente tão extremo e remoto como o espaço. A NASA já prevê outras aplicações, tais como conferências médicas privadas, conferências familiares, e visitas VIP à estação espacial.

Imagine que pode trazer o melhor instrutor ou o verdadeiro designer de uma tecnologia particularmente complexa mesmo ao seu lado onde quer que esteja a trabalhar nela, disse Schmid. Além disso, combinaremos a realidade aumentada com a háptica. Poderá trabalhar no dispositivo em conjunto, tal como dois dos melhores cirurgiões que trabalham durante uma operação. Isto iria colocar todos em descanso sabendo que a melhor equipa está a trabalhar em conjunto numa peça crítica de hardware.

A NASA disse que um obstáculo a ultrapassar são os atrasos nas comunicações causados por sinais que percorrem grandes distâncias através do espaço profundo. As mensagens podem demorar 20 minutos durante uma viagem a Marte, por exemplo.

A NASA diz que poderá haver novas aplicações na Terra em ambientes extremos, tais como

Antárctida, plataformas petrolíferas offshore, ou teatros de operações militares.

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