Educador 2020: Liliana Campos

Educador 2020: Liliana Campos

Por Stephanie Watson Do arquivo médico

Quando Liliana Campos tinha 7 anos, ela e sua família atravessaram a fronteira do México para os Estados Unidos. "Havia muito segredo. Havia muito medo", ela se lembra. "Você ouve os adultos lhe dizerem: 'Não fale'. Não fale nada. Esconda-se. Você sabe que algo não vai ser seguro".

Durante os 22 anos seguintes, Campos viveu na sombra sem recursos para ajudá-la a lidar com a tensão da existência no limbo legal. "Não tínhamos nenhuma oportunidade para o cuidado preventivo da saúde", diz ela. "Para minha família, como para muitas famílias indocumentadas, o medo da deportação é uma barreira ao acesso aos cuidados de saúde".

Enquanto estudava psicologia na Universidade Estadual da Califórnia, Long Beach, Campos começou a pensar no impacto que a situação de indocumentados estava tendo sobre a saúde de imigrantes como ela mesma. Ela se tornou uma educadora de saúde para estudantes Dreamers - jovens imigrantes indocumentados que foram trazidos para os Estados Unidos quando crianças.

Como membro do Grupo de Trabalho de Imigrantes da Associação de Psicologia da Califórnia, hoje Campos ajuda a treinar advogados de imigração, assistentes sociais e profissionais de saúde mental que trabalham com imigrantes e refugiados. "Um exemplo poderia ser um advogado de imigração que trabalha com uma família que solicitou um visto que exige que eles sejam sobreviventes de um determinado crime", diz ela. "As pessoas podem não querer compartilhar detalhes, mas conhecer os detalhes pode ajudar no caso". ... Como fazemos isso de uma maneira sensível"?

Ela também trabalha como defensora da saúde mental da Imigrants Rising, uma organização que capacita jovens imigrantes indocumentados a atingir seus objetivos educacionais e de carreira. Para muitas das pessoas com quem ela trabalha, é a primeira vez que alguém aborda seus medos e ansiedades.

"As pessoas compartilharam comigo que nunca pensaram que poderiam pensar em si mesmas fora de seu status legal de indocumentados", disse ela. "Eles disseram: 'Uau, eu nunca soube que estava passando por uma depressão".

Ser capaz de compartilhar sua história pessoal lhe deu uma conexão especial com as pessoas que ela ajuda. "Isso permite que a confiança aconteça muito rapidamente". Acho que nossas comunidades não confiam muito nos prestadores de serviços de saúde".

Campos tem tido o status de residente permanente legal (LPR) desde que recebeu um Visto U há alguns anos. Atualmente ela é doutoranda em psicologia clínica na Universidade de São Francisco e está se candidatando a estágios em centros médicos universitários onde pode continuar seu trabalho com comunidades imigrantes.

"Minha esperança e sonho é que possamos encontrar um sentido de libertação em nosso bem-estar e em nossa voz política", diz ela. "Quer tenhamos ou não status legal, acho que é uma jornada de cura contínua para muitas pessoas que sofrem opressão".

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