Estudar: Os adoçantes podem estar ligados a doenças cardíacas
Por Jay Croft
8 de setembro de 2022 -- Milhões de pessoas consomem diariamente adoçantes artificiais em refrigerantes dietéticos e outros produtos, na esperança de economizar calorias do açúcar. Mas a segurança dos edulcorantes há muito tempo tem sido debatida. E agora um grande e novo estudo na França sugere que um maior risco de doenças cardíacas está ligado a eles.
E os especialistas sugeriram ver estes resultados também com cautela, informou a Agence France-Presse.
"Com o objetivo de avaliar o risco de doenças cardíacas dos adoçantes, pesquisadores do instituto francês INSERM analisaram os dados de mais de 100.000 adultos na França que se auto-relataram com sua dieta, estilo de vida e história médica entre 2009-2021 como parte do estudo NutriNet-Sante", relatou a AFP.
A pesquisa foi publicada na revista BMJ. Ela mostra que 346 de 100.000 pessoas que consomem um alto nível de adoçantes desenvolveram doenças cardíacas. Entre os não usuários, o número foi de 314 por 100.000.
"Estes resultados, de acordo com o último relatório da OMS publicado este ano, não apoiam o uso de adoçantes como uma alternativa segura ao açúcar", disse Mathilde Touvier do INSERM, que coordenou o estudo.
A Organização Mundial da Saúde relatou "nenhum consenso claro sobre se os adoçantes sem açúcar são eficazes para a perda de peso ou manutenção a longo prazo, ou se estão ligados a outros efeitos à saúde a longo prazo".
Este ano, um estudo utilizando dados da Nutri-Net encontrou uma conexão entre os adoçantes e o câncer.
Sobre o novo estudo, o BMJ escreveu: "Os resultados indicam que estes aditivos alimentares, consumidos diariamente por milhões de pessoas e presentes em milhares de alimentos e bebidas, não devem ser considerados uma alternativa saudável e segura ao açúcar, de acordo com a posição atual de várias agências de saúde".