Mitos e Factos sobre Alergias Alimentares: Alergias de Crescimento, Intolerância Alimentar, Testes de Sangue alérgico, e Mais

doctor separa factos e ficção sobre alergias alimentares, incluindo a diferença entre uma alergia e uma sensibilidade, se as crianças superam as alergias, e muito mais.

Já acabou a sua refeição no restaurante e está na altura de pagar a conta. Mas antes mesmo de pegar na sua carteira, tem uma comichão nas costas. Não podem ser alergias alimentares, pensa você. Não desaparecem quando nos tornamos adultos?

Há muita confusão por aí sobre a alimentação e as alergias. Aprenda a separar a verdade da ficção para se poder sentar à mesa de jantar com confiança.

Mito Nº 1: Alergia alimentar é o mesmo que "intolerância" ou "sensibilidade".

Há semelhanças, com certeza. Alergia, intolerância, e sensibilidade são um pouco como os irmãos. Todos eles pertencem à mesma "família" de más reacções aos alimentos. Mas há grandes diferenças.

Uma alergia acontece quando o sistema imunitário, a defesa do seu corpo contra germes, tem uma reacção a um determinado alimento. Pode ser suave, como uma sensação de comichão ou urticária. Por vezes, surgem sintomas graves - chamados anafilaxia - como dificuldade em respirar, língua inchada, ou tonturas. A intolerância alimentar significa que falta ao seu corpo uma enzima de que necessita para digerir algum tipo de alimento. Se for intolerante à lactose, por exemplo, não tem lactase suficiente, uma enzima que lhe permite digerir produtos lácteos. Se for intolerante ao glúten, não pode processar glúten, que se encontra em alguns grãos, incluindo trigo, cevada, e centeio.

O que acontece se se comer algo a que se é "intolerante"? Pode ter alguns dos mesmos sintomas que uma alergia alimentar, mas não pode desencadear uma anafilaxia. Com o tempo, porém, esta reacção pode danificar o revestimento do seu intestino delgado e pode impedir que absorva os nutrientes de que necessita dos seus alimentos. A sensibilidade alimentar é diferente. É uma espécie de categoria para uma reacção desagradável, embora não séria, de um alimento. Pense em dores de cabeça por ter demasiado chocolate ou refluxo ácido desencadeado por alimentos picantes.

"As sensibilidades alimentares são certamente um inconveniente, e fazem-nos sentir mal, mas não são fatais", diz o alergologista Marc McMorris, MD, director médico da Clínica de Alergias Alimentares da Universidade de Michigan.

O que a alergia, a intolerância e a sensibilidade têm em comum é a forma como os previne". A sua melhor estratégia: mantenha-se afastado! Evite qualquer alimento que tenha o ingrediente problemático.

Mito Nº 2: As crianças nunca crescem mais do que as alergias alimentares.

"Em algum lugar cerca de 90% a 95% das crianças superam as alergias aos lacticínios, ovos, trigo, e soja", diz McMorris. Isso já acontecia quando começaram a escola, mas já não é necessariamente o caso. A investigação sugere que as crianças demoram agora mais tempo a ultrapassar as alergias ao leite e aos ovos, embora a maioria esteja livre de alergias aos 16 anos de idade.

As hipóteses de o seu filho ultrapassar uma marisco, uma noz de árvore, ou uma alergia a amendoins são muito menores, sugere um estudo.

Mito Nº 3: A maioria das alergias alimentares são causadas por aditivos tais como corantes e aromatizantes artificiais.

"Absolutamente um mito", diz McMorris. É verdade que algumas reacções aos aditivos são semelhantes às provocadas pelas alergias alimentares. Os nitratos, por exemplo, podem causar urticária e prurido. E os corantes alimentares vermelhos e amarelos têm sido associados à anafilaxia.

Os verdadeiros desencadeadores da alergia são as proteínas dos alimentos, diz McMorris. A intolerância aos aditivos alimentares é rara. Menos de 1% dos adultos têm-na.

Mito Nº 4: As reacções mais graves de uma alergia alimentar são causadas por amendoins.

Qualquer alimento a que seja alérgico pode causar uma reacção grave, quer se trate de amendoins, nozes, leite, ovos, trigo, soja, peixe, ou marisco. Estes oito alimentos constituem 90% das alergias alimentares nos EUA. Todos eles têm o potencial de ser perigosos para a vida, diz McMorris.

Mito Nº 5: Basta uma análise ao sangue para diagnosticar uma alergia alimentar.

As análises ao sangue podem, por vezes, ser enganadoras. Podem ter um resultado chamado "falso positivo". Por outras palavras, diz que se é alérgico quando realmente não se é. Com que frequência é que isso acontece? Um número impressionante de 50% a 75% das vezes, diz McMorris.

Para obter um diagnóstico claro, um alergologista pode fazer algo chamado de "desafio alimentar". Dão-lhe pequenas doses de um alimento e observam-no para ver se tem uma reacção alérgica. Se não houver sintomas, eles aumentarão gradualmente a quantidade. Ainda não há sinais de problemas? É declarado livre de alergias.

"Os desafios alimentares podem confirmar que alguém tem realmente uma alergia alimentar", diz McMorris. "Estão também habituados a ver se alguém tem uma alergia alimentar".

Hot